Ontem (26) aconteceu a coletiva de imprensa de um dos espetáculos mais aguardados da temporada, O Fantasma da Ópera, da T4F Musicais.
Logo após a série de apresentações, brilhantes por sinal, a imprensa foi convidada a conversar com a equipe criativa presente que contava com Renata Alvim (gerente-geral da divisão de teatros da Time For Fun), Arthur Masella (diretor associado), Guy Simpson (supervisor musical), Denny Berry (coreógrafa associada), Raquel Ripani (diretora residente), Miguel Briamonte (diretor musical residente e regente), Olívia Branco (coreógrafa residente) e também com os atores Thiago Arancam, Lina Mendes e Fred Silveira.
As perguntas da imprensa foram de diferentes naturezas e conseguimos perceber uma equipe bastante alinhada e dedicada. Os números apresentados são de uma qualidade que impressiona muito para quem, como nós, é fã de teatro musical. Acompanhando o trabalho da T4F é de se esperar que seja uma experiência incrível, porém o pouco que vimos já superou TODAS as nossas expectativas.
Logo após a coletiva, o elenco ficou disponível para conversar com a imprensa e nós entrevistamos a Giulia Nadruz, alternante de Christine e o Fred Silveira que interpreta o Raoul.
Giulia, como é pra você interpretar um papel tão icônico como o da Christine depois de tantos anos de carreira e de tantas protagonistas?
Olha, é um sonho, é um grande presente pra mim mesmo. É o meu décimo oitavo musical e é muito especial porque foi o único espetáculo que eu assisti na Broadway quando eu tinha apenas 16 anos. Me lembro de assistir e ficar sem respirar o espetáculo inteiro assim, eu fiquei chocada e maravilhada, foi muito especial pra mim e eu sempre carreguei durante toda a minha trajetória, essa emoção que eu senti ao assistir, então poder contar esta história e interpretar esta personagem é, realmente, um sonho realizado.
E vocalmente, Giulia, como que é cantar uma partitura tão lírica, difícil e tão distante dos seus últimos trabalhos que foram mais musicais blockbusters e pop? Como foi esse preparo vocal?
É babado hahahaha, é bem difícil, gente. É uma partitura vocal bem complexa e não só isso, porque ela canta o espetáculo INTEIRO, tem muitas músicas, então a gente tem que ter uma resistência muito grande. Eu me preparei bastante e na verdade, eu comecei a carreira cantando musicais mais líricos, mais Off-Broadway e ao longo da minha carreira, eu acabei fazendo mais musicais pops do que clássicos. Então, há muito tempo que eu venho fazendo esse trabalho e até mesmo o público de São Paulo, acho que nunca me viu cantando lírico hahaha.
E Fred, a gente gostaria que você falasse um pouco do Raoul, como foi essa construção e como está sendo fazer parte do espetáculo novamente, visto que você esteve na produção de 2005.
O Raoul é um dos personagens, principalmente pra quem é ator de musical, um dos que mais desperta desejo. É um espetáculo dos sonhos de qualquer ator e fazer parte de O Fantasma da Ópera, realmente, é um privilégio. Acho que um dos presentes que eu tenho em participar desta produção, diferentemente da de 2005, é poder ver e vivenciar todo o processo da personagem. Como eu o construí sentido que era um cara que tinha tudo nas mãos, ele era um lorde, um visconde, ele poderia ter tudo nas mãos, poderia comprar tudo, poderia comprar inclusive a própria Christine, só que ele se sente ameaçado por algo que ele ainda não tinha conhecimento que era o próprio Fantasma. Eu acho que as pessoas vão assistir o arco do personagem, quando ele tem que se sacrificar pelo amor da Christine e ele faz e ele vai. Ver essa quebra do personagem quando ele entende que não tem tudo e que ele percebe que pode perder a mulher da vida dele.
O que você interpreta como a magia do espetáculo, Fred?
A magia de O Fantasma da Ópera é que em duas horas e meia, ele mostra essa quebra. Você começa com uma concepção e, ao longo do espetáculo, você percebe essa quebra, você percebe esse sacrifício que TODOS os personagens têm, por objetivos diferentes e motivações diversas.
E como é essa interação entre os atores, principalmente pra você que contracena com duas Christines diferentes, que são duas grandes atrizes e duas grandes cantoras.
Ai, as duas são maravilhosas… eu não conhecia a Lina e pra mim ela é espetacular, contracenar com ela, vocalmente também, é sempre uma aula! E a Giulia, sempre foi meu sonho hahaha, eu encontro com ela nos corredores e eu sempre falo “nossa, meu sonho era trabalhar com você, eu sempre quis isso”. E o mais interessante é que por mais que seja um espetáculo em que você vai ver aqui no Brasil e ver nos EUA sendo a mesma produção, cada um tem seu fogo interno e suas características. Ver a diferença das Christines, ver a diferença dos Fantasmas, cada um tem a sua construção, é uma peça que cada um constrói realmente o seu próprio personagem colocando-o dentro de si mesmo.
O Fantasma da Ópera entra em cartaz a partir do dia 01 de agosto no Teatro Renault.