Confira tudo o que rolou no primeiro fim de semana do Pepsi Twist Land Rio

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Entre os dias 2, 3 e 4, grandes sucessos atuais da música popular brasileira e também nomes conceituados da Tropicália dividirão o palco em uma edição do festival Pepsi Twist Land, realizado na cidade do Rio de Janeiro.

Jorge Mautner ao lado de Gilberto Gil se apresentaram durante o show do grupo Nação Zumbi em uma experiência épica no século XXI, e com pequena possibilidade de repetição. Foi proporcionando essa experiência em um palco lotado na Marina da Glória que o Pepsi Twist Land apostou na abertura do festival.

Nação Zumbi é a banda pernambucana que transcende gerações com o seu rock composto por influências nordestinas. O show de quase duas horas foi acompanhado por fãs da banda que conheciam as letras das músicas dos anos 90 aos lançamentos, do comercial ao menos conhecido, sem citar a diversidade dos fãs da banda, que com o seu último álbum hormônico atingiu ainda mais todos os nichos. O show se engrandeceu com a presença de Gilberto Gil no palco para cantar ‘Refazenda’, ‘Filhos de Jhandi’ e ‘A Novidade’, para completar o time e tonar a noite apoética, Mautner trouxe todo o peso do seu talento para a música ‘Maracatu Atômico’ no último bloco do show que foi encerrado ao som de ‘Quando a Maré Encher’ e uma platéia energética que aguentaria mais uma hora de show.

O segundo dia do festival foi de uma representatividade jamais encontrada em qualquer outro festival brasileiro, os donos do lineup eram Johnny Hooker, Liniker e os Caramelows e a Banda Uó, e muita purpurina!

A banda goiana de eletropop foi a primeira a se apresentar. O show extenso e cheio de coreografias, solos eletrônicos e as luzes ritmadas manteve o público dançando por mais de 1 hora e meia. O hit ‘Arregaçada’ é o carro-chefe do último álbum da banda, mas apesar de ser o mais aguardado da noite, ele não foi o único que arrancou gritos da plateia. ‘Faz Uó’, música com uma pitada de techno brega, foi a queridinha da noite junto à ‘Sonho Molhado’ que tem a inusitada coreografia egípcia no refrão. Além de talentoso, o grupo despeja um carisma incrível na interação com os fãs, e até retornaram ao palco para uma selfie.

Liniker e os Caramelows foram os sucessores ao show da Banda Uó, o show do disco ‘Remonta’ pode ser considerado uma explosão nuclear desde a entrada de Liniker, mudo, no palco até a última nota instrumental. A abertura do show foi a música que leva o mesmo nome do álbum e explora copiosamente a potência da voz do cantor, que é conhecido e reconhecido por alcançar notas incríveis ao vivo. As queridinhas do EP ‘Cru‘, ‘Zero’ e ‘Louise du Brazil’ também estiveram presentes no repertório, e pra surpresa do público, com o arranjo original. ‘Ralador de Pia‘ é uma das músicas mais poéticas, e de instrumental bem elaborado, da carreira do grupo e traz um aspecto transcendental entre voz e melodia que atinge o público em cheio. O show terminou mais tarde que o previsto, mas com uma plateia com a disposição do nascimento para o próximo show que a aguardava.

Johnny Hooker foi o nome que fechou a noite com chave de ouro, iniciando com a música que o levou a ascensão e renome pelo país, ‘Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!‘, a apresentação esperada por fãs que ocuparam a grade até duas horas antes do show seguiu em ritmo frenético e dançante. Toda a timidez de Johnny é perdida em cima do palco, onde a energia de todos os elementos ali e da própria composição de suas músicas parece possui-lo e trazer à vida o personagem que habita nelas. Com um palco baixo e uma grade flexível, o cantor nunca esteve mais perto da plateia e a interação com os fãs, que estavam a polvorosa, foi incrível. A participação do cantor Caio Prado e o seu vestido preto icônico ascenderam uma chama extra em toda a fogueira. ‘Não Recomendado‘ e a inédita ‘Incendeia‘ são composições autorais de Caio Prado, e trazem letras sobre repressão e preconceito, sem perder a melodia dançante do show e fazendo perfeito contraste com a voz de Hooker. A fênix existente do cantor pernambucano é real. Ela é queimada em ‘Segunda Chance‘ e renasce em ‘Boyzinho’, em fevereiro, no carnaval. ‘Crise de Carência‘ é a faixa que faz parte do próximo disco de Johnny Hooker — que promete lançamento para esse ano — porém, não menos conhecida que as outras e uma das mais esperadas atualmente por deixar o gosto de mistério  no ar. O show encerrou beirando às 04:00 da manhã, após muito coro do público, o ‘Fora Temer‘ de praxe e muita dança.

O Johnny é o maior vulcão que eu já vi entrar em erupção. Umas 5, 6 vezes, mas em todas elas tirou a virgindade dos meus olhos como se eu estivesse entrando em contato pela primeira vez com toda aquela entidade, toda aquela música.

Além das atrações musicais, o estrutura montada à beira mar contou com um escorregador de dez metros que garantiu a diversão do pessoal, foodtrucks variados e uma estrutura de ferro e neon que proporcionava vista panorâmica do lugar. O festival volta nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro trazendo mais apresentações e DJ’s.

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