Lana Del Rey nos leva ao seu paraíso visual, no tão aguardado curta-metragem, ‘Tropico’

Share

Redefinam os conceitos modernos
de poeta, Lana Del Rey, nos levou finalmente ao seu paraíso visualmente
saturado por tons de que variam de azul a rosa.

Quando ‘Tropico’ foi anunciado
pela própria cantora sabia-se que de fato algo grandioso que envolvia Body
Eletric, God & Monsters e Bel Air
estava por vim. Pois foi maior do que pensávamos,
Del Rey, aquela que nasceu destinada a morte, nos provou que se mataria
por amor, e para ela a morte seria uma maneira de confortar a dor de um sentimento
tão forte, ou simplesmente a provação de que aquilo é algo tão intenso que vai
além dos limites da vida. Afinal, nem todos nasceram para amar, mas é fato que
um dia todos irão morrer, pelo jeito Lana sempre aceitou isso muito bem em suas
músicas.

Foi querendo nos levar além dos limites da vida, que a cantora nos
trouxe até sua projeção de paraíso, Marilyn Monroe, Elvis Presley, Jesus Cristo
e James Morrison
estão lá transferindo toda sua imagem icônica criada aqui em
terra. Lana vive aquilo como se fosse um sonho, a ponto de personificar o
arquétipo da inocente Eva, mulher de Adão, no Jardim do Éden, onde um nasceu
para outro, e ambos estavam ali para o amor, ao som de “Body Eletric”.

Em seu álbum ‘Born To Die’, a cantora sempre buscou a intensidade do
sentimento nos pensamentos mais obscuros e maliciosos. Se sentindo tentada pelo perigo em várias músicas, e a ilusão de que viver algo mais
envolvente poderia te levar a morte sempre a agradou. No conceito de
tentação, Lana se perde em ‘Tropico’ com a alegoria perfeita de Eva comendo
a maçã e envolta na cobra, nesta metáfora da perda de inocência pelo fruto do
erotismo, encontramos a ligação com a vida humana, uma linha tênue chamada de
pecado.

Mas, o que seria pecado para quem vive sua vida apaixonado ao extremo? Não existe pecado para a cantora, “Em uma terra de deuses e monstro, ela é apenas um
anjo…”
, e tudo que ela deseja é “perder um pouco de inocência”, F***-SE tudo, ela quer perder a inocência, uma vida em uma construção social de
moral e bons princípios, não estimula a ninguém.

Lana viveu seu pecado no seu paraíso
em terra, em sincronia com seu paraíso em espírito, e é neste ponto que se
concretiza como poeta fazendo com que seu corpo, mente e alma se rendessem para aquele
momento, pelo pretexto mais banal, o pretexto de amar.

Chega a ser ilusório o
fato de que depois de que toda tara pelo perigo e o lado selvagem da vida, ela
tem alguém para amar de forma plena em Bel Air, alguém que a tire de chão, sob
os raios de sol do fim da tarde.

Largando a mascara, simbolizando que sua
vida de perdição foi deixada para trás e agora finalmente encontrou o amor que
me levará a outro paraíso, e realmente há uma ascensão e redenção no final do clipe para um lugar que não é revelado.

A plenitude no amor, pode ser acompanhado também na
vida pessoal de Lana Del Rey, na ocasião de lançamento deste curta, confirmou
seu casamento. E deixou claro que “Tropico” são as lembranças de seu passado, e
nele está tudo que a trouxe até aquele momento, onde a arte e a poesia se
inspiraram mais uma vez na natureza humana de amar.

As imagens criadas pelo imaginário
do homem, quando este está perdidamente apaixonado são as mais próximas possíveis
as retratadas no curta, quem sabe Lana não se encontra agora vivendo em Bel
Air, e por este motivo, disse, este é o fim da linha, não estou morta, estou
apenas amando. Quem ainda não assistiu o curta, confira:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *